No âmbito da visita da delegação da Universidade do Malawi (UNIMA) à Universidade Pedagógica de Maputo (UP-Maputo) estas duas instituições de ensino superior da região Austral de África firmaram na manhã desta quinta-feira, 3 de Julho, um acordo bilateral tendo em vista ao estabelecimento de uma estrutura que possa promover e desenvolver a colaboração entre as universidades actividades como a investigação, o ensino e a aprendizagem, serviços de consultoria e outras actividades de benefício mútuo. A assinatura do instrumento cooperativo foi efectuada pelos reitores da UP-Maputo, Prof. Doutor Jorge Ferrão, e da UNIMA, Prof. Doutor Samson Sajidu, sob olhar atento dos vice-reitores, directores centrais e de Faculdades.
O Reitor da UP-Maputo destacou a importância do acordo entre a universidade malawiana e moçambicana, que extravasa factores académicos, penetrando para culturais. “Estamos unidos por rios, cultura, e pela resiliência dos nossos povos. A mobilidade entre nossos estudantes e professores é modesta, queremos construir as pontes que permitam que o conhecimento, as ideias, a inovação possam fluir livremente quanto flui o rio Chire”, apontou Ferrão.
Ainda de acordo com o Reitor Jorge Ferrão, Moçambique e Malawi são nações ricas em recursos naturais e capital humano, o que pode ser usado em benefício das universidades, mas também para o desenvolvimento da sociedade. “Deve-se criar condições para que o jovem moçambicano e malawiano se beneficie do potencial existente nos seus países; queremos trabalhar em áreas específicas, engenharia e educação.”
A primeira acção de cooperação será palpável a partir do próximo ano através da intervenção linguística, português e chichewa. “Vamos estabelecer calendário em mobilidade do corpo docente e discente. A nossa cooperação deve estar além de transporte logístico, temos que usar o nosso capital intelectual,” defendeu o reitor da UP-Maputo.
Com a assinatura do instrumento de cooperação está garantido apoio mútuo no desenvolvimento de programas e actividades que promovam a academia através da relação de cooperação nos projectos de investigação conjuntos, conferências, workshops, cursos de curta duração, simpósios, seminários, programas de formação, co-supervisão e exames externos.
Para o Prof. Doutor Sajidu, Reitor da UNIMA, o memorando mostra que a universidade não é apenas o centro de produção de conhecimento, mas também agente de mudança económica e política, “é nesse espírito em que procuramos e vamos trabalhar em conjunto,” defendeu o académico malawiano
O acordo ora assinado vai cobrir as áreas de, Engenharia e Tecnologia, Educação, Línguas Inglesa e Portuguesa, Humanidades e Literatura, Ciências Naturais, Ciências da Terra e do Ambiente, Matemática, Ciências Biomédicas, Química, Física, Biologia, Psicologia e Antropologia.(X)
GCI-UPM
Queridas Verónica Roque, Nádia Bango, Mércia Mucheza e Vanessa Muianga parabéns e obrigado por fazerem saltar os nossos corações*
Com os pés na areia e o coração em chamas, vocês mostraram ao continente africano que em Moçambique o talento feminino não se esconde . Esse talento brilha como o sol de Maputo no horário mais alto do sol do meio dia. Ao vencerem o Egipto, sempre grandes campeões, na final, por 2-1, Verónica e Nádia, vocês não apenas levantaram os braços, mas levantaram connosco a esperança. Vocês são valentes campeãs africanas de voleibol de praia de sub 21.
O jogo com Marrocos, anfitriões, que foi emotivo até ao final, Mércia e Vanessa, vocês mostraram, como sempre, que mesmo nas derrotas dignas, há vitórias que se plantam no espírito. E vocês foram longe, como equipa, como irmandade, amigas, como embaixadoras da Universidade Pedagógica de Maputo e do orgulho nacional.
Todos que convosco trabalham se devem sentir orgulhosos e realizados.
Um adágio popular nos lembra que a mão que embala o berço pode mover o mundo. Hoje, acrescentariamos,a mão que remata e bloqueia pode também mover os sonhos de um país inteiro. Vocês mostraram que o voleibol feminino moçambicano não é apenas uma modalidade, é uma metáfora viva de superação, coragem e futuro. Nestes tempos em que procuramos mais igualdade, mais visibilidade e mais oportunidades para as mulheres, a vossa presença em Marrocos e, quem sabe, em breve na Austrália, é um grito doce e poderoso.
"Estamos aqui. E estamos prontas."
Continuem sendo as atletas modelos de referência para meninas nas escolas, das universidades e toda a sociedade, como sinal de transfomação para comunidades, e trilhos de confiança que não se apagam na areia. O vôlei feminino pode ser a rede onde muitos sonhos se seguram e saltam alto.
Recebam o nosso aplauso, o nosso orgulho, a vossa vitória é a nossa inspiração. Sigam firmes, saltem mais alto, e lembrem-se, como já escrevi no passado, quem não sabe para onde vai, deve lembrar-se de onde vem. Vocês vêm da UPM, do vôlei moçambicano, deste país de 50 anos, mas pertencem agora a toda África austral e Moçambique em particular.
Com admiração e imensa estima . Parabéns.
Jorge Ferrão.
O reitor da Universidade Pedagógica de Maputo (UP-Maputo), Prof. Doutor Jorge Ferrão, conferiu posse aos novos directores centrais recentemente nomeados para dirigirem o sector das Finanças, Património, Ensino à Distância (CEAD), Centro de Informática (CIUP), trata-se da Dra. Alexandrina Johane que deixa a Direcção de Auditoria Interna para as Finanças, Mestre Lemos Ngove, que vai chefiar o património da universidade, Prof. Juvêncio Nota que vai para o CEAD, e Mestre Cláudia Gune, directora do CIUP. Para a chefia dos departamentos da Faculdade de Educação e Psicologia, Faculdade de Ciências Sociais e Filosofia e Direcção Científica, foram confiados os professores Camilo José Jemica, Adilson Valdane, e Manuel Matine.
Dirigindo-se aos empossados e aos presentes na cerimónia, o Reitor Jorge Ferrão falou do preparo como fundamento para superar obstáculos tendo como foco a internacionalização da universidade, dentro do plano estratégico, e também dentro de uma crítica construtiva. “Não vamos fazer coisas pela emoção, toda gente deve trabalhar com paz e tranquilidade; a universidade é nossa casa, nossa família, os melhores e maus momentos são passados aqui, devemos procurar cultivar o espírito de unidade e companheirismo,” indicou Ferrão.
A sincronia e cooperação intersectorial são chamadas a estar na vanguarda dos novos timoneiros ora empossados, transformando os sectores mais visíveis na sua actuação e, sempre olhando o estudante como beneficiário primário das suas acções e decisões.
Por sua vez, a Vice-Reitora, Prof. Doutora Leonilda Sanveca, falou dos desafios em trabalhar na universidade com poucos recursos, para responder às expectativas da comunidade académica, principalmente do público frágil que é o corpo discente. “Ao nosso nível vamos procurar responder às necessidades do nosso público,” rematou a Vice-Reitora da área administrativa.
Ao que tudo indica estão na forja mais mexidas nos quadros da UP- Maputo.(X)
Para marcar as celebrações da passagem dos 50 anos de independência dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), com destaque para Moçambique que celebra o seu dia a 25 de Junho, a Universidade Pedagógica de Maputo (UP-Maputo), através da Faculdade de Ciências Sociais e Filosofia (FCSF), organiza uma Conferência Internacional sob o título “MOÇAMBIQUE E A DESCOLONIZAÇÃO PORTUGUESA EM ÁFRICA (1975-2025) - O tempo vivo da história das independências”, visando reflectir sobre as conquistas históricas e também sobre os desafios comuns enfrentados ao longo deste meio século.
Com a participação de convidados nacionais e internacionais, o evento foi aberto pelo Secretário de Estado da Ciência e Ensino Superior, Professor Edson Macuácua, em representação da Primeira-ministra de Moçambique, que na sua intervenção falou do papel que a história desempenha na criação de uma identidade nacional, moçambicanidade e africanidade, resultante da luta que elevou a resistência secular dos moçambicanos contra a dominação estrangeira, para libertar a terra e os homens para conquistar a independência nacional.
“A unidade nacional foi o factor que esteve na vanguarda para a derrota do colonialismo português. A luta de libertação nacional foi assumida como uma revolução, uma gesta identitária, um processo constituinte que visava criar um Estado, uma nação moçambicana, assentes no princípio da dignidade humana, liberdade, nacionalismo, justiça, paz, democracia, igualdade, solidariedade e integridade”, referiu Professor Macuácua.
Ainda durante a sua alocução, o dirigente lançou um desafio para a academia escrever, sistematizar e publicar a história da luta de libertação nacional e assegurar que seja transmitida e apropriada pelas novas gerações. “Escrever a história através de fontes orais é uma das missões que a academia deve deixar como um legado para as futuras gerações e, o estudo da história é fundamental para o espírito da cidadania e de consciência histórica”, disse o Secretário de Estado, para depois acrescentar que com os ventos da globalização é fundamental a valorização da história como fundamento da dignidade e identidade da pessoa humana. A geração académica tem a oportunidade de interagir com os protagonistas da independência e da nossa história.
O governante moçambicano encorajou a UP-Maputo a intensificar a cooperação e diplomacia científica entre as universidades africanas e outras instituições relevantes para a partilha de conhecimento histórico, principalmente de fontes primárias para o enriquecimento do acervo bibliográfico.
A conferência de dois dias se circunscreve também na exposição, documentação e contribuição específica da luta de libertação de Moçambique para as independências nacionais dos territórios colonizados por Portugal, para além de analisar a complexidade dos processos de independência nacional nos PALOP. Neste contexto, segundo o reitor da UP-Maputo, Professor Jorge Ferrão, a celebração do jubileu transcende a conquista das soberanias democráticas e cria novo espaço de pensamento e construção de novos Estados. Foi este espírito que fez com que os regimes minoritários na região da África Austral fossem combatidos.
“Em 1975 as conquistas das independências foram por via de uma luta e formação intelectual, é o mesmo espírito que deve nos ajudar a ultrapassar desafios globais, hoje e no futuro. Não é o tempo cronológico dos Estados que vai ditar a nossa robustez, mas a consciência de que ainda temos muito por alcançar e isso depende de nós e dos mais jovens,” enfatizou Professor Ferrão.
Por seu turno, o Professor Bernardino Cordeiro, director da FCSF, avançou que urge reflectir de forma crítica e interdisciplinar os percursos históricos, os legados políticos, os desafios contemporâneos e os horizontes comuns que unem os Estados da lusofonia africana. O debate académico sobre a construção dos estados africanos independentes, o papel das universidades na consolidação das democracias.
Para esta conferência estão convidadas personalidades de mérito intelectual-científico, e também de memória testemunhal, referenciada pela experiência pessoal e história de vida nos processos da luta de libertação nacional e descolonização do respectivo país, e a comunicação inaugural esteve a cargo do conceituado escritor moçambicano e veterano da FRELIMO, Luís Bernardo Honwana que falou sobre “Os Ventos da Mudança”.
Por: GCI/UP-Maputo
O Presidente da República, Daniel Chapo, empossou, nesta quarta-feira (18 de Junho de 2025), a Professora Doutora Leonilda Adelino António Sanveca Muatiacale como nova Vice-Reitora da Universidade Pedagógica de Maputo (UP-Maputo), durante uma cerimónia solene que decorreu na capital do país. No mesmo acto, tomaram também posse novos Assessores do Chefe de Estado.
Na ocasião, o Chefe de Estado destacou que a nomeação da nova dirigente universitária ocorre num momento de especial simbolismo: a celebração dos 40 anos da UP-Maputo, considerada uma das grandes referências do ensino superior em Moçambique. “É com elevada honra e sentido de responsabilidade que presidimos esta cerimónia, que marca um novo capítulo na vida institucional da UP-Maputo”, afirmou o Presidente.
Ao dirigir-se à empossada, Daniel Chapo apelou a uma liderança firme, ética e visionária, orientada por excelência académica, inovação e profundo sentido de missão. Sublinhou ainda que o contexto atual impõe exigências crescentes ao ensino superior público, desde a gestão financeira e mobilização de recursos até à internacionalização, investigação e modernização administrativa.
“A nomeação da Professora Doutora Leonilda simboliza o reconhecimento de um percurso académico exemplar, marcado pela excelência, dedicação e sólida experiência em cooperação internacional, ensino e investigação. Por isso, o nosso foco na nomeação das pessoas é simplesmente a meritocracia”, reforçou.
Leonilda Muatiacale é formada em Planificação e Política de Educação Linguística e possui um pós-doutoramento em Direitos Linguísticos Humanos. A sua missão, segundo o Presidente, será a de consolidar a sustentabilidade institucional da universidade, valorizar os seus recursos humanos e ampliar o impacto social da UP-Maputo junto das comunidades.
O Presidente reiterou o compromisso do Governo com a valorização do ensino superior e com a construção de uma sociedade baseada no conhecimento, na equidade de género e na justiça social. Dirigindo-se à nova Vice-Reitora, desejou-lhe “um mandato pautado por sabedoria, inovação e profundo sentido de serviço à Nação moçambicana”.
A cerimónia contou com a presença de membros do Governo, dirigentes da Presidência da República, familiares dos empossados e representantes da comunidade académica.
No âmbito das celebrações dos 40 anos de existência da Universidade Pedagógica de Maputo (UP-Maputo), tendo como destaque sua evolução e contribuição para a educação e pesquisa em Moçambique decorre nos dias 16 e 17 de Junho, o seminário anual de pesquisa e extensão/inovação, no Campus Universitário da Lhanguene. O evento conta com a participação de pesquisadores, docentes e estudantes, de diferentes faculdades com o intuito de promover a interação e partilha de experiências científicas; divulgar resultados do programa de pesquisa e processos; apresentar oportunidades de apoio à pesquisa e; discutir os desafios e oportunidades para o futuro da pesquisa na instituição.
A Directora Cientifica da UP-Maputo, Professora Carla Maciel, considera que o evento é um momento para agregar todas as faculdades e mostrar os projectos de pesquisa, extensão e inovação, que existem na universidade, e ainda criar sinergias nas comunicações onde são encontrados pontos comuns que possibilitam a realização de pesquisas conjuntas, interacção de colegas e descoberta de potenciais.
De acordo com Maciel, espera-se que as comunicações gerem reflexões, sobre diferentes temas e que ajudem a pensar no currículo actual assim como nas questões que podem ser melhoradas, uma vez que, em termos estatísticos é importante ter eventos ligados as pesquisas científicas, pois, recentemente foi lançado o inquérito nacional de pesquisa científica e a UP-Maputo terá de responder com evidências, portanto, o fórum será mais um espaço para mostrar os dados existentes. Outro aspecto que se perspectiva no seminário é a identificação das linhas de pesquisa das faculdades.
Nota-se nesta edição do seminário, maior afluência de estudantes dos cursos de licenciatura a participarem, facto que constitui um dos objectivos do evento de modo a incentivá-los a realizarem pesquisas que lhes permitam dar continuidade aos estudos.
As temáticas em discussão no evento são abordadas em sessões plenárias e paralelas, todavia, a palestra principal sob tema “Pós-graduação na UP-Maputo como campo de impulsionamento da pesquisa, foi apresentada pelo Professor Malaquias Tsambe”. Já no segundo dia, o Professor Eduardo Humbane trouxe a reflexão sobre impactos sociais e éticos no contexto de um mundo em constante mudança, levantando o questionamento se: Em Moçambique se aprende a ser cidadão? E nos debates sobre o assunto afirmou-se que “não é apenas a escola que ensina a ser cidadão ”.
Por: Taualia Neuara e Daniel Bila (fotos)
GCI/UP-Maputo
Na tarde de terça-feira, 10 de Junho, a Sala dos Grandes Actos tornou-se o palco da aula aberta intitulada, “UP-MAPUTO 40 ANOS: Génese e Percurso”, que teve como oradora Graça Machel, antiga ministra de Educação e Cultura. Com a realização deste evento, a Universidade Pedagógica de Maputo (UP-Maputo) celebra a importância da memória histórica e institucional, ouvindo o testemunho e a reflexão de Graça Machel, que à data da criação do Instituto Superior Pedagógica (ISP) estava no pelouro de Educação e Cultura.
A celebração dos 40 anos tem como objectivo trazer à reflexão da comunidade universitária e do público, em geral, o percurso de uma instituição de ensino superior, cuja génese radicava-se na história e ideia fundadoras de um Estado nacional de igualdade entre homens patrióticos, independentemente da origem étnica, sexo, raça, confissão religiosa e língua.
A primeira ministra de Educação e Cultura no Moçambique independente falando numa plateia de miscigenação de gerações, 25 de Setembro, 08 de Março, e actual, percorreu a génese e os fundamentos do ISP até à sua transformação em universidade, numa altura em que o país celebra 50 anos de independência.
Sob olhar atento dos veteranos Óscar Monteiro e João Américo Mpfumo, Arnaldo Nhavoto, Abdul Razaque, e outros convidados, a antiga governante indicou que Moçambique em 1975, com 9 milhões de habitantes, era um país literalmente de analfabetos, com cerca 7.7% de habitantes escolarizados.
“Transformamos o país numa escola para todos, projecto de moçambicanos, os que sabiam mais ensinavam os outros. A nossa educação não foi fruto de pessoas licenciadas ou altamente qualificadas e experientes, foi uma obra colectiva, assim fizemos da educação um instrumento de afirmação da identidade moçambicana”, disse Graça Machel.
Para Graça Machel, a moçambicanização dos conteúdos, recursos naturais e hídricos, história e geografia, educação política, afigurou-se prioritária para as disciplinas de consolidação da identidade moçambicana. Embora com limitações o país não vergou, abriu uma frente de solidariedade internacional, Cuba, ex-RDA, URSS. “Usamos o princípio de equidade para enviar os estudantes nacionais para o estrangeiro, filhos de operários e camponeses de todo o país, unidade nacional, abrindo uma oportunidade para todos”, indicou.
“Tínhamos consciência de que o Sistema Nacional de Educação aprovado em 1983 precisava de espinha dorsal, a formação de professores, tínhamos os níveis baixos, era preciso criar uma instituição vocacionada para a formação de professores secundários e técnicos de educação, para responder ao crescimento de alunos do secundário, o ISP foi a solução encontrada” avançou a activista social.
Mesmo com as transformações que vêm sofrendo nos últimos tempos, a UP-Maputo é chamada a continuar como referência na formação de professores e técnicos de educação, onde o professor deve estar na dianteira na resolução de desafios futuros, e fazer transparecer a vontade da moçambicanidade.
O anfitrião do evento e reitor da UP-Maputo, Professor Jorge Ferrão, referiu que celebrar 40 anos não é apenas olhar para trás com gratidão, é olhar para o futuro de Moçambique com ambição e responsabilidade, numa era marcada pelos desafios tecnológicos, globalização, mudanças climáticas, e o papel da UP-Maputo passa pela formação mais crítica, criativa, e resiliente.
“A universidade esteve sempre ligada à missão de educar, para transformar, isso foi possível com a entrega de docentes, investigadores, funcionários, estudantes, que fizeram deste espaço seu lar académico. Os estudantes graduados nesta universidade reconfiguraram a matriz sociopolítico e cultural deste país, e a UP-Maputo foi um dos exemplos da unidade nacional, ao estabelecermos em todas as províncias do país”, avançou o Professor Ferrão.
Criado em 1985, o ISP iniciou as suas actividades lectivas em Agosto de 1986 com 93 estudantes que frequentaram os primeiros três cursos a saber, Pedagogia e Psicologia, Matemática e Física, e História e Geografia. (X)
Quarta-feira, 28 de Maio, logo pela manhã um movimento agitado de jovens invade o Campus de Lhanguene da Universidade Pedagógica de Maputo (UPMAPUTO), era o prenúncio de que algo diferente estava para acontecer. Não tardou, começam a chegar diplomatas e outros convidados, os jovens vindos de diferentes Escolas Secundarias e Universidades da cidade de Maputo, enchem por completo, o Anfiteatro Paulus Gerdes, na Faculdade de Ciências Naturais e Matemática, com a mente a viajar para Europa alimentando o sonho de fazer estudos universitários fora de Moçambique.
A Feira Estudar na Europa é um evento organizado pela União Europeia em Moçambique, para apresentar oportunidades de bolsas de estudo, processos de candidatura e experiências de ex-bolseiros. A Feira é uma excelente oportunidade para obter informações valiosas sobre as bolsas disponíveis e como proceder para estudar na Europa. Os jovens que participaram no evento, ficaram a saber sobre diferentes realidades apresentas por diplomatas de diferentes países, com destaque para o embaixador da União Europeia, António Maggiore, o representante da Flanders em Moçambique, Veerle Cnudde e o Embaixador da Ucrânia, Rostyslav Tronenko. O representante da UNESCO, Michael Croft, foi representado pelo professor Marcos Xerinda, que conhece muito bem os cantos da UPMaputo onde foi professor de Matemática.
As honras da casa ficaram a cargo do Reitor Jorge Ferrão, que numa fala Pedagógica falou dos ganhos da experiência de estudar em outros contextos, outros países, outras realidades, outras culturas, cantos e encantos. Não é que o nosso ensino em Moçambique não seja bom, mas, conhecer e viver outras experiências de ensino é sempre um ganho, para isso, é fundamental o domínio de línguas estrangeiras, sobretudo o Inglês e o Francês, rematou o Reitor da Pedagógica de Maputo. Por seu turno, António Maggiore, Embaixador da União Europeia em Moçambique, destacou a importância da educação e das oportunidades de estudo na Europa.
Dentre os vários tópicos discutidos e apresentados na Feira Estudar Na Europa 2025 podemos destacar as bolsas de estudo, informações sobre programas de financiamento oferecidos por universidades europeias e pela União Europeia; Processos de candidatura, orientações sobre como se candidatar a universidades na Europa, incluindo requisitos e prazos; Experiência de ex-bolseiros, testemunhos de estudantes que já estudaram na Europa, compartilhando desafios e oportunidades; Áreas de estudo em alta, tendências académicas e cursos mais procurados por estudantes internacionais, bem como a Integração, cultura, a partilha de dicas sobre adaptação à vida na Europa e suporte para estudantes estrangeiros.
Como não podia faltar, o evento contou com diversas actividades culturais e recreativas, com destaque para a poesia bem declamada por um trio de jovens mulheres, bem trajadas e bem falantes. A gastronomia fez parte do prato forte do evento entre fotos com o Reitor Jorge Ferrão e Embaixadores, para mais tarde recordar, na Europa ou em Maputo, Moçambique.
Projecto Mbalelé Mbalelé Apoia a Realização da Feira do Brincar na Universidade Pedagógica de Maputo
Realizou-se no dia 14 de junho de 2025, a Feira do Brincar, no Campus Universitário de Lhanguene, em Maputo, sob o lema “Brincar: um direito mágico e encantado”. O evento celebrou o brincar como um direito fundamental das crianças!