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realizou na segunda-feira (3) e terça-feira (4) de Novembro a Primeira Conferência Internacional de Sistemas de Informação, Transformação Digital e Informática na Educação (CI_SITDIE). O evento teve lugar no Campus Universitário da Lhanguene e contou com a participação do Reitor da UPM, Prof. Doutor Jorge Ferrão, investigadores da área, nacionais, do Brasil e Portugal, Representante do Ministério da Comunicação e Transformação Digital, docentes, estudantes e convidados.

Contextualizando o evento, o Director da FET, Prof. Doutor Manuel de Oliveira afirmou que a Conferência constitui um espaço privilegiado de reflexão, partilha e construção colectiva de conhecimento, num momento em que o mundo inteiro se reinventa sobre o impulso das tecnologias digitais.

Vivemos numa era em que a informação é um novo capital e a capacidade de transformar os dados em conhecimento e inovação define o futuro das nações. A transformação digital mais do que uma tendência é uma necessidade estratégica para o desenvolvimento do nosso país, do continente e do mundo, é neste contexto que a conferência constitui um contributo científico e académico para fortalecer a soberania e a melhoria da qualidade da educação através da informação, disse Oliveira.

Por outro lado, Ferrão salientou que as engenharias e tecnologias continuam a ser um desafio, e que a transformação digital em Moçambique exige muita coragem para que sejam abertas oportunidades de formação e consequentemente para que se façam investimentos e se inove, portanto, esses são os desafios que a UPMaputo, o país e o continente Africano possuem.

“É importante pensar na transformação digital na nossa educação que é uma ponta indispensável para as universidades e cada um de nos se transforme num laboratório de inovação, pois sempre se acredita que a tecnologia não deve estar apenas na sala de aula, mas sim na forma como os professores ensinam avaliam, e deixamos que os nossos estudantes assumam a gestão da universidade”, disse Ferrão. O Reitor disse esparar que a FET continue na busca de promoção de espaço para mais jovens mulheres, possam também trazer sua visão, sensibilidade e talento neste mundo de ciência e tecnologia.

A primeira sessão plenária do CI_SITDIE sobre Privacidade e protecção de dados pessoais na administração, foi orientada por Zefanias Mobiua, que abordou também as leis de transações eletrónicas de forma transversal, seguindo-se da apresentação do Professor Luís Veira da Silva com o tema “Science Mapping”, que visa a visualização da estrutura e as relações dentro da literatura científica para compreender o estado da arte de um campo de pesquisa.

No primeiro e segundo dia foram debatidos em sessões plenárias e paralelas, temas divididos em eixos temáticos sobre Inclusão digital e acessibilidade tecnológica; Transformação digital e inovação tecnológica; Sistemas de informação e gestão de conhecimento e; Formação de professores para a era digital. O evento contou com uma exposição de pesquisas e trabalhos de estudantes, bem como de diversos serviços.

Por: Taualia Neuara e Sebastião Guiamba (fotos)
GCI/UPM
Num ambiente carregado de entusiasmo, decorreu na terça-feira (12) a Feira “Estudar no Japão”. Trata-se duma iniciativa do governo japonês em coordenação com a Universidade Pedagógica de Maputo (UPM), que visa fortalecer laços e promover o intercâmbio entre os dois países. O evento que teve lugar no Campus da Lhanguene, Anfiteatro Paulus Gerdes, contou com a presença do Reitor da UPM, Prof. Doutor Jorge Ferrão; Embaixada do Japão em Moçambique; Direcção Geral do Instituto de Bolsas de Estudo (IBE); representantes da Agência Japonesa de Cooperação Internacional em Moçambique (JICA), interessados em programas de bolsas de estudo e Associação dos antigos estudantes no Japão.
Na ocasião, Ferrão assegurou que a realização deste evento tem como objectivo criar uma ponte entre dois povos, promover o intercâmbio académico, com vista a impulsionar o desenvolvimento sustentável do país.
“Estudar fora exige paciência, dedicação e muita entrega, pois aprender a cultura do outro não é fácil. Entretanto, os nossos professores e estudantes são desafiados a abraçar esta oportunidade, como forma de reforçar os laços de amizade entre Japão e Moçambique”, afirmou Ferrão.
Por sua vez, Hamada Keiji, Embaixador do Japão em Moçambique vê nesta parceria o caminho sustentável para o desenvolvimento de programas que não só irão beneficiar os estudantes, mas também a sociedade. “Queremos qualificar profissionais de diversos níveis, desde a licenciatura a pós-graduação, para que possam servir e moldar o seu país”, assegurou Keiji.

Para a Directora Geral do IBE, Carla Caomba a feira “Estudar no Japão” simboliza a existência de um laço duradouro de cooperação entre dois países, que se insere nas comemorações do 50º aniversário da implementação da ajuda pública ao desenvolvimento.

Segundo Otsuka Kazuki, Representante da JICA em Moçambique, a disponibilização de bolsas de estudo centra-se na ideia de despertar competências para o desenvolvimento e uso de recursos naturais do país, visto que os beneficiários são maioritariamente jovens.

O objectivo da Feira “Estudar no Japão” é, igualmente, divulgar oportunidades de bolsa de estudos nos programas de graduação e pós-graduação nas diversas instituições do Ensino Superior no Japão.

Por: Sunezia da Érica Chaúque e Daniel Bila (fotos)
GCI/UPM




O académico Lourenço do Rosário falava na quinta-feira (13) na I Conferência Internacional de Qualidade no Ensino Superior: Para Além dos Indicadores, organizada pelo Gabinete de Avaliação de Qualidade (GAQ) da Universidade Pedagógica de Maputo (UPM). O evento que decorreu no campus da Lhanguene e foi um momento estratégico de reflexão, com diferentes eixos temáticos relacionados com a avaliação de qualidade nas Instituições de Ensino Sueperior (IES).

Falando na sessão de abertura, o Director do GAQ, Prof. Doutor Benedito Sapane referenciou as três dimensões que norteiam a conferência, sem perder de vista a qualidade, a dimensão histórica, estratégica e institucional, de maneira a honrar a missão central da UPM, que é a de formação, construindo a base do sistema educativo nacional com enfoque na excelência pedagógica.

Por sua vez, o Reitor da UPM, Prof. Doutor Jorge Ferrão disse que, temos diferentes métricas para medir a nossa qualidade nos relatórios qualitativos e quantitativos, então a conferência nos desafia a olhar para além dos indicadores, que dão uma base sem desconsiderar outros elementos. A UPM precisa de ser aquela que questiona para poder transformar, e este questionar é sempre o mais importante, assim, precisamos de encontrar indicadores humanos, aqueles que não cabem nos relatórios, reiterou Ferrão.

O orador principal da conferência, Lourenço do Rosário, na sua intervenção abordou a "Autonomia e Qualidade no Sistema de Ensino Superior em Moçambique". Do Rosário fez uma incursão em torno do histórico do desenvolvimento do ensino superior em Moçambique desde a criação de novas universidades, institutos superiores e politécnicos, sua expansão e descentralização em diferentes zonas do país. Anotou que, após a independência houve alguns movimentos que afectaram a qualidade do ensino, como a retirada de algumas disciplinas, tanto no ensino primário como secundário.

Num outro desenvolvimento, Do Rosário, referiu que o debate sobre qualidade passa por uma reflexão sobre a confiança nas instituições, pois há falta de confiança na generalidade das instituições, acrescentando que “não confiamos em quase nada, e a partir disso fica difícil falar de qualidade”. O orador, falou ainda de questões políticas, do espaço da filosofia e ciência, bem como do papel activo das universidades e dos estudantes universitários na intervenção social, vislumbrando que “sem autonomia não há qualidade”. No seu entender a autonomia pressupõe a responsabilidade académica.

Depois da conferência de abertura seguiu-se o painel sobre a visão da qualidade no Ensino Superior, com a intervenção dos Professores, Daniel Nivagara, Geraldo Mathe da UPM e Felipe Augusto da Universidade Católica de Moçambique. Este painel destacou que a qualidade está ligada a questões políticas, e que deve ser planificada e avaliada, sendo que a avaliação de cursos e programas devem estar juntos da avaliação institucional, outrossim, actualmente, ao se falar da qualidade não tem como não se falar da Inteligência Artificial.

A conferência internacional do GAQ rege-se pelos eixos temáticos sobre: políticas públicas e fundamentos das instituições de ensino superior; avaliação e garantia de qualidade; currículo e relevância social; inovação pedagógica e tecnológica; inclusão, diversidade e equidade no ensino; relação universidade-comunidade; governação e liderança no ensino superior; investigação e produção de conhecimento.
Os temas propostos foram discutidos em dois dias, tanto em painéis, como em sessões paralelas. Participaram das abordagens, estudantes de pós-graduação, docentes e pesquisadores.

Por: Taualia Neuara e Daniel Bila (fotos)
*GCI/UPM*
O Anfiteatro Paulus Gerdes, Campus de Lhanguene, Universidade Pedagógica de Maputo (UPM), acolheu nos dias 11 e 12 de Novembro, o XXX Fórum de Planificação e Avaliação Pedagógica. O evento organizado pela Direcção Pedagógica fez uma reflexão profunda dos processos e dinâmicas pedagógicas da universidade na presença do Reitor, Prof. Doutor Jorge Ferrão, Vice-reitores, directores centrais e de faculdades e, também directores de cursos da UPM. O ponto alto do fórum foi a homenagem ao Professor Elídio Madivádua, pelos feitos na dinamização das práticas profissionalizantes.
Falando na abertura do Fórum, o Director Pedagógico da UPM Prof. Doutor Eduardo Humbane, disse que, este é também o momento de pensar e avaliar soluções conducentes a um ensino de qualidade, salientando que a universidade tem de ser capaz de ajustar as suas práticas pedagógicas e científicas para estar à altura dos desafios sociais, nos diferentes domínios.
O Reitor Jorge Ferrão, intervindo na ocasião, reiterou que “nos reunimos justamente para planificar como avaliar com rigor e construir esse caminho institucional”. Ferrão acrescentou que, a assiduidade é a expressão mais básica no compromisso ético e profissional de cada membro da nossa comunidade.

No fórum foram apresentados assuntos relativos as perspectivas para o ensino a distância da UPM, tendo os participantes dado "inputs" referentes as questões regulamentares e estruturais.
O Fórum conheceu um momento interessante quando o estudante estagiário, Alfeu Chirindza trouxe uma inovação, baseada no protótipo do sistema de gestão de salas e horários de forma eficiente sem sobrecarga (SIGESH), tendo sido destacada a necessidade urgente da implementação (fase piloto) do sistema em duas faculdades.

Igualmente, foram trazidos temas como: a proposta sobre a avaliação dos professores no SIGEUP (sistema de gestão de estudantes da UPM; a assiduidade do corpo docente e; práticas profissionalizantes: percurso e desafios, apresentado pelo Professor homenageado, que passou para a reforma e agraciado com a atribuição do Diploma de Mérito e Reconhecimento.




Por: Taualia Neuara e Daniel Bila (fotos)
GCI/UPM
A Universidade Pedagógica de Maputo (UPM) e a Fundação MICAIA, instituição nacional âncorada na Aliança de Doar para Transformar assinaram, na terça-feira (5), um memorando de entendimento que visa fortalecer a colaboração nas áreas de formação e desenvolvimento de projectos comunitários.

De acordo com o Reitor da UP Maputo, Prof. Doutor Jorge Ferrão, esta união não marca apenas o início de uma jornada recíproca, mas também a partilha de conhecimentos e práticas que façam a instituição transportar a extensão universitária que pretende construir.

"A vossa presença nas nossas instalações permitirá que estudantes e mais interessados conheçam melhor a experiência de um trabalho filantrópico e acima de tudo o ideal de uma filantropia que articula a conservação da vida selvagem e a sustentabilidade das comunidades. Além disso, isso nos permitirá alavancar mais acções que contribuirão no nosso ensino superior", disse o reitor.

Na ocasião, Isilda Nhantumbo, Presidente do Conselho de Administração da Fundação MICAIA, destacou a importância da parceria, sublinhando que este é um momento muito especial para a fundação.
Nhantumbo, acrescentou ainda que a parceria vai muito além de uma simples colaboração, pois pretende contribuir para o fortalecimento das comunidades locais, promovendo a conservação da biodiversidade, o desenvolvimento sustentável e a melhoria do bem-estar das populações, incentivando a criação de pequenas e médias empresas baseadas no uso sustentável dos recursos naturais e na preservação do direito à terra, às florestas e à água.

“A preservação desses direitos é fundamental para a transformação da vida das comunidades, através de um apoio baseado em empréstimos com valor agregado e na comercialização dos seus produtos”, afirmou.

Por sua vez, o Director do Centro de Apoio à Pesquisa da UPM, Prof. Doutor Cornélio Mucaca, destacou que a colaboração representa uma oportunidade para o alcance dos objectivos traçados no plano estratégico da Universidade.

“Consideramos uma grande chance de poder contar com a Fundação MiCAIA como alavanca para os nossos objectivos, visto que o trabalho com as comunidades é um dos nossos pontos focais do plano estratégico, tanto a nível de Moçambique como da África Austral", reiterou o director.
Ainda sob o ponto de vista de Mucaca, a nova missão da universidade centra-se na promoção de uma filantropia consciente e sustentável, baseada no lema “Giving for Change, Giving for Future” (“Doar para a mudança, doar para o futuro”).
O evento contou com a presença dos Directores de Faculdade e Directores Centrais.
Por: Xiluva Rosa Lihahe e Sebastião Guiamba (fotos)
GCI/UPM
A Universidade Pedagógica de Maputo (UPMaputo), através da Faculdade de Educação e Psicologia (FEP), realizou nos dias 5 e 6 de Novembro de 2025 a IV Conferência Internacional do Desenvolvimento da Primeira Infância (DPI), sob o lema “DPI em Moçambique: O Passado e o Presente! Que Futuro?”. O evento decorreu no Campus Universitário de Lhanguene, em formato híbrido, e reuniu representantes do Governo, académicos, investigadores, estudantes, organizações da sociedade civil e parceiros internacionais de Portugal e Brasil.
A conferência realizou-se num ano especial para a Universidade Pedagógica de Maputo, que celebra 40 anos de Maturidade e Transformação, reafirmando o seu compromisso com a formação, pesquisa e promoção de políticas educativas centradas na criança.

A sessão de abertura, presidida por Sua Excelência Abdul Razak Amuzá Esmail, Secretário de Estado do Género e Acção Social, contou também com as intervenções do Vice-Reitor da UPMaputo, Professor Doutor José Castiano, e do Director da Faculdade de Educação e Psicologia, Professor Doutor Bonifácio Langa. A cerimónia foi marcada por um ambiente vibrante e inspirador, animado pela presença de crianças, que, através de cânticos e danças, tornaram o momento mais colorido e memorável, simbolizando o verdadeiro propósito da conferência: colocar a infância no centro das atenções.

O Painel Principal, considerado o momento central do evento, foi conduzido por Sua Excelência o Secretário de Estado, que abordou os desafios e oportunidades para o futuro do Desenvolvimento da Primeira Infância em Moçambique. O momento contou com participações de académicos, especialistas, estudantes e representantes de organizações da sociedade civil, que acompanharam e contribuíram para o debate, sublinhando a importância da coordenação intersectorial, do investimento público e da formação de profissionais qualificados.
Durante os dois dias, a conferência promoveu sete painéis temáticos e três sessões paralelas, destacando temas como políticas públicas, inclusão educativa, formação de educadores e práticas pedagógicas inovadoras. Paralelamente, esteve patente uma exposição de serviços e projectos de DPI, que deu visibilidade às iniciativas de diferentes instituições e organizações parceiras.
A palestra final, proferida pelo Professor Doutor Thiago Pacheco (Brasil), intitulada “Bebês, Mulheres e Capulanas: Qual a relação e o significado no cuidado infantil?”, antecedeu a sessão de encerramento, presidida pelo Magnífico Reitor da UPMaputo, Professor Doutor Jorge Ferrão. No seu discurso, o Reitor destacou o papel da conferência como espaço de partilha científica, reflexão e compromisso institucional com o futuro da infância moçambicana.

Desde 2019, a UPMaputo realiza bienalmente as Conferências Internacionais do Desenvolvimento da Primeira Infância, consolidando este espaço como um barómetro nacional do bem-estar da criança e uma plataforma de cooperação entre governo, academia e sociedade civil.
Num contexto global em que a transformação digital ocupa a centralidade tecnológica, os diferentes autores do processo de ensino e aprendizagem são chamados para novas dinâmicas. Nesta senda, o CEAD (Centro de ensino à distância) da Universidade Pedagógica de Maputo (UPMaputo), reuniudo entre os dias 3 e 5 de Novembro, no I Fórum de “Reflexão sobre a gestão pedagógica e administrativa dos cursos”, reforçou o comprometimento com as mudanças de paradigmas no uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC’s), bem como na melhoria das condições de ensino à distancia (EaD).

O CEAD nas reflexões de três dias em Bilene, junto dos directores e representantes dos 10 cursos ministrados na modalidade modular e online centrou-se em trazer diferentes assuntos e propostas para tomada de decisões de melhoramento das suas actividades.
A semelhança do primeiro dia, os subsequentes seguiram a mesma linha de orientação com apresentações e debates acerca da análise da sustentabilidade do EaD por curso e da possibilidade de aumento de salário por especialidade. Neste aspecto com os factos arrolados, verifica-se a não sustentabilidade dos cursos, entretanto, a Vice-Reitora para Administração e Recursos, Profa Doutora Leonilda Sanveca referiu que não se pode olhar apenas pela arrecadação, mas em questões macro, dada a necessidade actual de formação de quadros no país, portanto, algumas medidas poderão ser tomadas para minimizar tal cenário.

No que se refere aos recursos digitais de aprendizagem, foi desenvolvida uma pesquisa baseada em ensaios, em que se constatou o uso de tais recursos por estudantes e docentes, dentre eles o Moodle, se destacando a Faculdade de Ciências de Linguagem, Comunicação e Artes como a que utiliza mais os recursos de aprendizagem, seguida da Faculdade de Ciências Naturais e Matemática e Faculdade de Ciências Sociais e Filosofia. A pesquisa conclui igualmente que, a maioria dos professores optam pelo uso dos ficheiros PDF. Todavia, o CEAD está preocupado em apostar no uso de outros meios e na contratação de outros recursos multimédia, para a produção de vídeos de apresentação dos cursos que poderão ser acedidos no seu canal: www.youtube.com.@ceadupm.
Ainda no I fórum do CEAD foram apresentadas temáticas sobre o Panorama da acreditação de cursos de EaD; a Educação a distância em tempos de mudanças e o novo paradigma da Inteligência Artificial (IA) – sendo que estão a ser conduzidos estudos sobre o uso da IA aos docentes e estudantes; a Implementação dos novos planos curriculares: dificuldades, desafios e soluções, foram apresentados como desafios: a reorganização da estrutura formativa, o reajuste de cargas horárias, a harmonização da actuação dos docentes e como possíveis soluções: criação de uma comissão de acompanhamento do currículo. Contudo, os participantes destacaram o grande esforço do CEAD em minimizar muitos constrangimentos enfrentados ao longo dos processos.

O Director do CEAD, Prof. Doutor Juvêncio Nota trouxe a proposta da transição do órgão que dirige, para Instituto Superior de Educação Aberta à Distância (ISEAD). Facto que requer apostar na profissionalização do pessoal do CEAD, embora surjam desafios estruturais, acredita-se que a transformação elevará a autoestima dos estudantes, permitirá maior autonomia, a celebração de contratos de forma individualizada e convénios para abertura de cursos de pós-graduação, e, de maneira conjunta engrandecer o EaD.

Avançou-se no fórum que o ISEAD irá resgatar o estatuto da UPM como pioneira do EaD, a investigação aplicada, garantir o sistema de monitoria e avaliação e expandir-se para diferentes partes do país, contando com uma estrutura idêntica a das faculdades. Os participantes se mostraram bastante optimistas com a nova dinâmica do EaD, facto consubstanciado pela Vice-Reitora Sanveca ao garantir que a transição permitirá maior autonomia e alocação de novas infraestruturas.
Falando no encerramento do I Fórum do CEAD, Sanveca acrescentou ainda que foram apresentados temas muito profundos, com base em estudos, os quais sinalizam o cenário actual, tais pesquisas servirão de guia. A Vice-Reitora disse ainda que na senda da transformação do CEAD para o ISEAD pretende-se maior pujança e repensar as novas formas de actuação, de maneira a entrar na segunda fase da maturidade institucional.
O Centro de Educação Aberta e à Distância (CEAD) da Universidade Pedagógica de Maputo (UPM) realiza o primeiro fórum, desde terça-feira (3), até o dia 5 de Novembro do ano em curso.
O evento que decorre no Município de Bilene, província de Gaza, tem como principal enfoque a reflexão sobre a gestão e a padronização dos procedimentos pedagógicos e administrativos. Participam do fórum a Vice-Reitora para Administração e Recursos da UPM, Prof. Doutora Leonilda Sanveca; Director do CEAD, Prof. Doutor Juvêncio Nota; representantes da Direcção Pedagógica, Gabinete de Avaliação de Qualidade; Directores de cursos e gestores do ensino à distância (EaD) de Biologia, Informática Aplicada, Administração e Gestão Escolar, Ensino Básico, Pedagogia, Física, Química e História.

Falando na sessão de abertura, Sanveca disse que com a transformação da UP-Maputo têm-se vivenciado uma dinâmica muito peculiar na realização das actividades, pois, regista-se uma restruturação continua na qual são colhidos os frutos diariamente, é neste contexto que as unidades orgânicas são chamadas a responder a esta nova fase. Nesta senda Portanto, o CEAD é desafiado a reflectir sobre a sua transformação em Instituto Superior de Educação Aberta e a Distância, reiterou Sanveca.

Por sua vez, Juvêncio Nota afirmou que espera-se que os participantes saiam enriquecidos com as reflexões que vão sair da reunião, e serão chamados a repensar sobre as formas de actuação no EaD, num momento de particular interesse motivado pela celebração dos 40 anos da UPM e 20 anos do CEAD, afirmando ainda que ciente dos desafios busca-se constituir referência no ensino e aprendizagem à distância, com base no trabalho conjunto vincando nos ideais e pensamento das políticas.

O I Fórum do CEAD tem como objectivos a analise da implementação dos novos cursos; a transformação do CEAD; a harmonização dos estágios pedagógicos e técnico-profissionais; a avaliação da experiência do regime modular.

Neste primeiro dia foi apresentada a situação actual do EaD pelo Departamento de Tutoria e Monitoria, tendo sido destacados pontos chaves como a coordenação nos cursos, funções pedagógicas, o papel das faculdades, os desafios e principais estratégias face a esses desafios. Igualmente, foi abordada a temática ligada as experiências dos cursos do sistema modular e o processo de estágio nos cursos ministrados no EaD.

Por: Taualia Neuara e Daniel Bila (fotos)
GCI/UPM
A Faculdade de Ciências Naturais e Matemática, da Universidade Pedagógica de Maputo (UPM) acolheu na última quarta-feira, 29 de Outubro, a inauguração do novo mural institucional em parceria com a Embaixada da França, no culminar do seminário de restituição sobre os resultados da 3ª conferência das Nações Unidos sobre o oceano, principais avanços e desafios, sob o lema “O Mar Nosso, um espaço comum a preservar”.

O evento contou com a presença do Reitor da UPM, Prof. Doutor Jorge Ferrão, estudantes, representantes da Embaixada da França, do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, Secretaria de Estado do Mar e pescas, empresas franco-moçambicanas do sector marítimo, ambientalistas, sociedade civil, associações ambientais, MUVA, parceiros, bem como investigadores franceses ligados à cooperação marítima.

A sessão de abertura foi marcada por um momento cultural que além de entreter os presentes, também apelava ao aproveitamento sustentável da natureza.

Durante o acto inaugural, o reitor da UPM Prof. Doutor Jorge Ferrão, reiterou a necessidade de se renovar o propósito de protecção ao meio ambiente e preservação da memória humanista, pois além de tratar-se apenas de uma economia azul, o mar faz parte da sobrevivência do ser humano.

“Este evento é um pretexto para renovar o propósito comum, simultaneamente nacional, regional e global em torno da nossa riqueza que é o oceano índico, tornando-o mais próximo das nossas sensibilidades. Mais que um espaço comum a preservar Mar Nosso tem que ser o nosso amigo”, destacou Ferrão.

Por sua vez, o Embaixador da França, Yann Pradeau disse que o projecto Mar Nosso está virado para a economia azul não só de Moçambique, mas também de todo o mundo, com vista a consciencializar e sensibilizar os jovens a contribuir no desenvolvimento da cooperação e protecção dos ecossistemas marinhos.

“O oceano não é apenas um quadro geográfico, é um bem comum e vital para a regulação do clima de modo a garantir a subsistência das comunidades costeiras, impulsionando o desenvolvimento económico sustentável dos países, enfatizou Pradeau, acrescentando ainda que, durante a 3ª conferência das Nações Unidas foi reafirmado o compromisso com a biodiversidade através de políticas e estratégias de contenção dos danos causados pela poluição”, terminou.

Para Luize Guimarães, Directora Executiva da MUVA a economia azul que para as comunidades costeiras garante o sustento e vida, constitui um desafio para todos, entretanto, é necessário que as mulheres também sejam emponderadas e capacitadas nesta área.

Além disso, foi realizada uma mesa redonda constituída pela embaixada da Franca, Directora Nacional de Assuntos do Mar no Ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas, Felismina Antia, Director da Facultade de Ciências Marinhas da UEM-Quelimane, Professor Avelino Langa, Activista ambientalista da Geração Solução, Chanila Saíde e Irene Boane, Directora do Gabinete de Relações Internacionais do Conselho Municipal da Cidade de Maputo.

Durante o debate, abordaram-se temas como uso de inteligência artificial na busca de soluções inovadoras, investimento em pesquisa científica, ordenamento territorial e marítimo, assim como a promoção de debates deste teor nas instituições de ensino superior como uma das estratégias de chamada de atenção à consciência azul.

Dentre os resultados da 3ª Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano (UNOC3), realizada em Nice (Junho de 2025) destacam-se o objectivo de alargar as áreas marinhas protegidas, promoção de soluções baseadas na natureza para a resiliência costeira, o reforço de parcerias internacionais para financiar a economia azul e criação de uma economia inclusiva, com atenção para os jovens, as mulheres e comunidades costeiras.

Por: Sunésia da Érica Chaúque e Daniel Bila (fotos)
GCI/UP-Maputo

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