Na tarde de terça-feira, 10 de Junho, a Sala dos Grandes Actos tornou-se o palco da aula aberta intitulada, “UP-MAPUTO 40 ANOS: Génese e Percurso”, que teve como oradora Graça Machel, antiga ministra de Educação e Cultura. Com a realização deste evento, a Universidade Pedagógica de Maputo (UP-Maputo) celebra a importância da memória histórica e institucional, ouvindo o testemunho e a reflexão de Graça Machel, que à data da criação do Instituto Superior Pedagógica (ISP) estava no pelouro de Educação e Cultura.

 A celebração dos 40 anos tem como objectivo trazer à reflexão da comunidade universitária e do público, em geral, o percurso de uma instituição de ensino superior, cuja génese radicava-se na história e ideia fundadoras de um Estado nacional de igualdade entre homens patrióticos, independentemente da origem étnica, sexo, raça, confissão religiosa e língua.

A primeira ministra de Educação e Cultura no Moçambique independente falando numa plateia de miscigenação de gerações, 25 de Setembro, 08 de Março, e actual, percorreu a génese e os fundamentos do ISP até à sua transformação em universidade, numa altura em que o país celebra 50 anos de independência. 

Sob olhar atento dos veteranos Óscar Monteiro e João Américo Mpfumo, Arnaldo Nhavoto, Abdul Razaque, e outros convidados, a antiga governante indicou que Moçambique em 1975, com 9 milhões de habitantes, era um país literalmente de analfabetos, com cerca 7.7% de habitantes escolarizados.

“Transformamos o país numa escola para todos, projecto de moçambicanos, os que sabiam mais ensinavam os outros. A nossa educação não foi fruto de pessoas licenciadas ou altamente qualificadas e experientes, foi uma obra colectiva, assim fizemos da educação um instrumento de afirmação da identidade moçambicana”, disse Graça Machel.

Para Graça Machel, a moçambicanização dos conteúdos, recursos naturais e hídricos, história e geografia, educação política, afigurou-se prioritária para as disciplinas de consolidação da identidade moçambicana. Embora com limitações o país não vergou, abriu uma frente de solidariedade internacional, Cuba, ex-RDA, URSS. “Usamos o princípio de equidade para enviar os estudantes nacionais para o estrangeiro, filhos de operários e camponeses de todo o país, unidade nacional, abrindo uma oportunidade para todos”, indicou.

“Tínhamos consciência de que o Sistema Nacional de Educação aprovado em 1983 precisava de espinha dorsal, a formação de professores, tínhamos os níveis baixos, era preciso criar uma instituição vocacionada para a formação de professores secundários e técnicos de educação, para responder ao crescimento de alunos do secundário, o ISP foi a solução encontrada” avançou a activista social.

Mesmo com as transformações que vêm sofrendo nos últimos tempos, a UP-Maputo é chamada a continuar como referência na formação de professores e técnicos de educação, onde o professor deve estar na dianteira na resolução de desafios futuros, e fazer transparecer a vontade da moçambicanidade.

O anfitrião do evento e reitor da UP-Maputo, Professor Jorge Ferrão, referiu que celebrar 40 anos não é apenas olhar para trás com gratidão, é olhar para o futuro de Moçambique com ambição e responsabilidade, numa era marcada pelos desafios tecnológicos, globalização, mudanças climáticas, e o papel da UP-Maputo passa pela formação mais crítica, criativa, e resiliente.

“A universidade esteve sempre ligada à missão de educar, para transformar, isso foi possível com a entrega de docentes, investigadores, funcionários, estudantes, que fizeram deste espaço seu lar académico. Os estudantes graduados nesta universidade reconfiguraram a matriz sociopolítico e cultural deste país, e a UP-Maputo foi um dos exemplos da unidade nacional, ao estabelecermos em todas as províncias do país”, avançou o Professor Ferrão.

Criado em 1985, o ISP iniciou as suas actividades lectivas em Agosto de 1986 com 93 estudantes que frequentaram os primeiros três cursos a saber, Pedagogia e Psicologia, Matemática e Física, e História e Geografia. (X)

Quarta-feira, 28 de Maio, logo pela manhã um movimento agitado de jovens invade o Campus de Lhanguene da Universidade Pedagógica de Maputo (UPMAPUTO), era o prenúncio de que algo diferente estava para acontecer. Não tardou, começam a chegar diplomatas e outros convidados, os jovens vindos de diferentes Escolas Secundarias e Universidades da cidade de Maputo, enchem por completo, o Anfiteatro Paulus Gerdes, na Faculdade de Ciências Naturais e Matemática, com a mente a viajar para Europa alimentando o sonho de fazer estudos universitários fora de Moçambique.

 
A Feira Estudar na Europa é um evento organizado pela União Europeia em Moçambique, para apresentar oportunidades de bolsas de estudo, processos de candidatura e experiências de ex-bolseiros. A Feira é uma excelente oportunidade para obter informações  valiosas sobre as bolsas disponíveis e como proceder para estudar na Europa. Os jovens que participaram no evento, ficaram a saber sobre diferentes realidades apresentas por diplomatas de diferentes países, com destaque para o embaixador da União Europeia, António Maggiore, o representante da Flanders em Moçambique, Veerle Cnudde e o Embaixador da Ucrânia, Rostyslav Tronenko. O representante da UNESCO, Michael Croft, foi representado pelo professor Marcos Xerinda, que conhece muito bem os cantos da UPMaputo onde foi professor de Matemática. 

As honras da casa  ficaram a cargo do Reitor Jorge Ferrão, que numa fala Pedagógica falou dos ganhos da experiência de estudar em outros contextos, outros países, outras realidades, outras culturas, cantos e encantos. Não é que o nosso ensino em Moçambique não seja bom, mas, conhecer e viver outras experiências de ensino é sempre um ganho, para isso, é fundamental o domínio de línguas estrangeiras, sobretudo o Inglês e o Francês, rematou o Reitor da Pedagógica de Maputo. Por seu turno, António Maggiore, Embaixador da União Europeia em Moçambique, destacou a importância da educação e das oportunidades de estudo na Europa.

Dentre os vários tópicos discutidos e apresentados na Feira Estudar Na Europa 2025 podemos destacar as bolsas de estudo, informações sobre programas de financiamento oferecidos por universidades europeias e pela União Europeia; Processos de candidatura, orientações sobre como se candidatar a universidades na Europa, incluindo requisitos e prazos; Experiência de ex-bolseiros, testemunhos de estudantes que já estudaram na Europa, compartilhando desafios e oportunidades; Áreas de estudo em alta, tendências académicas e cursos mais procurados por estudantes internacionais, bem como a Integração, cultura, a partilha de dicas sobre adaptação à vida na Europa e suporte para estudantes estrangeiros.

Como não podia faltar, o evento contou com diversas actividades culturais e recreativas, com destaque para a poesia bem declamada por um trio de jovens mulheres, bem trajadas e bem falantes. A gastronomia fez parte do prato forte do evento entre fotos com o Reitor Jorge Ferrão e Embaixadores, para mais tarde recordar, na Europa ou em Maputo, Moçambique. 

Realizou-se no dia 14 de junho de 2025, a Feira do Brincar, no Campus Universitário de Lhanguene, em Maputo, sob o lema “Brincar: um direito mágico e encantado”. O evento celebrou o brincar como um direito fundamental das crianças!

No âmbito das celebrações dos 50 anos do Banco de Moçambique (BdM) e 45 anos do Metical, a Faculdade de Economia e Gestão (FEG) da Universidade Pedagógica do Maputo (UP-Maputo), acolheu na passada quarta-feira, 11 de Junho, uma palestra sobre a Conjuntura Económica Recente e Perspectivas de Inflação (CIPE), com vista a apresentar os fundamentos das decisões do Comité de Política Monetária.

O evento que decorreu no anfiteatro da Faculdade de Educação e Psicologia (FEP), Campus de Lhanguene, contou com a presença do reitor da UP-Maputo, Prof. Doutor Jorge Ferrão, director de Estudos Económicos do BdM, Dr. Carlos Baptista e do Director do Gabinete de Comunicação e Imagem do BdM, Dr. Pinho Ribeiro, e ainda de outros colaboradores do Banco Central, direcção da FEG, e comunidade académica.

Durante a sessão de abertura da cerimónia, o Reitor Ferrão disse que a missão da universidade não é só transmitir um conhecimento teórico, mas também produzir um pensamento crítico com relação à realidade. “A actuação das instituições do ensino superior não se resume apenas em ensinar, mas também em despertar a prática nos estudantes, gerando uma ponte entre a teoria e a realidade,” afirmou.

A apresentação da política monetária e CIPE feita por Carlos Baptista, director do Departamento de Estudos Económicos do BdM, destacou a importância da criação e implementação destes instrumentos para a economia nacional, e para o controlo da inflação, que diz respeito ao aumento geral dos preços. “As decisões do comité de política monetária com base na CIPE, visam manter a inflação baixa e estável, de modo a garantir um poder de compra maior do metical”, indicou.

Para além de marcar os cinquenta anos do banco emissor, a palestra promovida pelo BdM tem em vista munir a sociedade, agentes económicos e comunidade académica de conhecimentos ligados à economia nacional, inflação, impactos e medidas de política monetária traçadas para os próximos dias. (X)

Por: GCI/UP-Maputo

Decorreu na última semana de Maio de 2025, na Katembe, a Feira Anual de Tecnologias de Informação e Comunicação de Moçambique, denominada, Moztech, com objectivo de contribuir para o desenvolvimento e transformação do país. A Universidade Pedagógica de Maputo (UPMaputo) esteve representada na feira através do Centro de Informática da Universidade (CIUP) e da Faculdade de Engenharia e Tecnologias (FET), evidenciando o compromisso da instituição com a inovação e o desenvolvimento tecnológico.

No evento, o estudante Hermen Rafael, do curso de Engenharia Electrónica, da FET apresentou um dispositivo inovador de medição de temperatura do gel hospitalar utilizado no tratamento do cancro. O equipamento visa monitorar a temperatura ideal do gel, emitindo alertas sempre que esta se encontra fora dos parâmetros recomendados, uma valia para os profissionais de saúde no acompanhamento dos pacientes hospitalizados.

Outro destaque da FET foi a demonstração feita pelo estudante Joaquim Eugénio, que expôs uma tecnologia de chave automática activada pelo som de palmas. O sistema, acoplado a uma lâmpada, permite ligar e desligar a luz de forma prática e sem contacto físico, promovendo conforto e acessibilidade.

O curso de Informática foi representado por um grupo de estudantes, Rafael Orquídia e Solange Maria, que apresentou uma proposta de biblioteca virtual, que visa facilitar o acesso à informação académica, promovendo o estudo autónomo e a partilha de conteúdos educativos de forma digital e acessível. 

Ainda no contexto da exposição, os estudantes Fernando Paulo e Hézio Cumba apresentaram o sistema de gestão de documentos para o repositório académico, que tem como base o armazenamento e dar maior fluidez dos documentos tramitados no Registo Académico da UPMaputo, para além de prevenir o extravio dos mesmos, facilitando a intercomunicação sectorial. 

Mais ainda, o CIUP fez apresentação de uma solução de sinalética digital, uma ferramenta de comunicação moderna instalada em diversos pontos dos campi universitários. A sinalética suportada pelo software Xibo permite a actualização dinâmica e centralizada de conteúdos, facilitando a divulgação de informações académicas, administrativas e institucionais em tempo real para a comunidade universitária.

A participação da UPMaputo na Moztech reforça o papel da academia como motor da inovação e da aplicação prática do conhecimento, destacando o talento, a criatividade e a capacidade de resposta tecnológica dos seus estudantes e centros técnicos.

A Universidade Pedagógica de Maputo (UP-Maputo) representada pelo reitor, Professor Jorge Ferrão rubricou na amanhã desta Sexta-feira, (23), o memorando de entendimento com a Getenergy Field Ready Ltd, representada pelo Director Geral para Moçambique, Gaspar Buque. O evento teve lugar no Centro de Línguas, e tem por objecto o desenvolvimento de acções para melhorar a empregabilidade e habilidades comportamentais de todos os estudantes e ex-alunos da UP-Maputo à medida que se preparam para entrar no mercado de trabalho.

Buque iniciou sua intervenção com a contextualização da empresa que representa, que tem origem no Reino Unido e com 17 anos no mercado, sendo que em Moçambique actua a 7 anos. Referiu ainda que, a Field Ready é uma organização estabelecida para apoiar a empregabilidade dos jovens, colmatando a lacuna entre a educação, a formação e o mundo do trabalho, Buque considera que “é uma honra iniciar esta parceria que tem certeza que será frutífera e benéfica para ambas partes ”.

Por sua vez, Ferrão disse que a UP-Maputo tem vindo a firmar importantes acordos memorandos, convénios, protocolos, e outros termos de cooperação com instituições académicas e empresariais, entretanto, a parceria com a Field Ready, é uma oportunidade para autoavaliar-se e reeducar-se, bem como olhar para nós próprio com sentido paternal, pois os estudantes detêm a consciência de onde “bater” as portas na busca do emprego. Ferrão frisou ainda que, a relação entre a UP-Maputo e a Field Ready mantem-se por via dos estudantes que ficam muito disponíveis para prosseguir, deste modo, espera que com a assinatura do memorando na área da empregabilidade responda as preocupações dos estudantes.

Com esta parceria todos os estudantes do último ano e ex-alunos de todas as disciplinas da UP Maputo terão acesso à Plataforma de Empregabilidade de Moçambique de forma gratuita. E prevê-se para o próximo dia 05 de Julho do ano em curso, a cerimónia oficial dos módulos financiados pelo  ExxonMobil Moçambique, um dos compromissos que a plataforma tem é de abrir acesso gratuito para cerca de dez mil jovens até o final do ano.

Participaram da cerimónia da assinatura do memorando, directores de faculdade e das unidades orgânicas, equipa da Field Ready e estudantes.

Por: Taualia Momade e Daniel Bila (fotos)

GCI/UP-MAPUTO

DESPORTO É UMA FERRAMENTA DE CONSTRUÇÃO DE PONTES

Defende Primeira-ministra Benvinda Levi

A Primeira-Ministra de Moçambique, Dra. Benvinda Levi, orientou na tarde de ontem, quarta-feira (14),  o primeiro encontro com os desportistas organizado pela Universidade Pedagógica de Maputo (UP-Maputo) intitulado, “diálogo desportivo com as mulheres e, com atletas vencedoras e campeãs de clubes – 2024”. Mulheres que carregam consigo a bandeira de trabalhar em equipa, determinadas, focadas, e não perdem oportunidades, mas acima de tudo são persistentes nos seus desafios.

Numa plateia composta por atletas de voleibol feminino da UP-Maputo, da equipa sénior feminino de basquetebol do Ferroviário de Maputo, e atletas da Federação Moçambicana de Boxe (FMB), a governante moçambicana, indicou que o desporto é um elemento de construção de cidadania activa e responsável, molda jovens do amanhã e comprometidos a carregar a bandeira de Moçambique. “O desporto é um instrumento de inclusão e de projecção do país, é uma ferramenta de construção de pontes, serve para mostrar o sentido de união, desejo, e sabedoria sob a bandeira da disciplina que é a ferramenta essencial”.

Para o reitor da UP-Maputo, Professor Jorge Ferrão, as atletas constituem faróis que ajudam a iluminar mais longe e servem de exemplo para outras meninas do país. “Este diálogo com as atletas vencedoras no ano jubilar do país e da UP-Maputo constitui uma forma de enfatizar o lugar que deve caracterizar o desporto na universidade, conquista, ciência e tecnologia”.

O exemplo das atletas de Voleibol do Clube da UP-Maputo que sagraram-se tri campeãs, no Campeonato Africano de Voleibol da Zona VI realizado em Gaberone, Botswana, em Dezembro de 2024; da equipa sénior feminino de basquete do Clube Ferroviário de Maputo, tricampeã na Liga Africana de Basquetebol Feminino em campeonato realizado na cidade de Dakar, Senegal, em Dezembro de 2024; e ainda a glória desportiva que sobressai na Selecção Nacional de Boxe que conquistou medalhas de ouro no Campeonato Africano de 2023 o que valeu a entrada directa para os Jogos Olímpicos de Paris 2024; mostra o quão é fundamental a prática desportiva.

Francisco da Conceição, assesssor do Ministro da Juventude e Desportos, revelou que o desporto constrói a nação e eleva a auto-estima. “Hoje é dia de reconhecimento da mulher moçambicana, sua ousadia no meio de vários desafios e adversidades de trabalho. As vitórias mostram o quão carinhosas as mulheres são,  precisam de  uma responsabilidade acrescida para a sociedade colocar o desporto em todos distritos e localidades do país”.

Por sua vez, o presidente da Feferação Miçambicana de Boxe, Gabriel Júnior, falando sobre o sucesso do boxe nacional, deu ênfase no trabalho em equipa, isto é, “quando as pessoas trabalham juntas podem levantar a bandeira do país, deve-se incutir o espírito vencedor, quem seria de nós sem as mulheres. Não existe ninguém insignificante, hoje sou conhecido internacionalmente por causa destes atletas, onde parece haver o mínimo e a insignificância está o maior valor”.

Mércia Mucheza, atleta da UP-Maputo, elogiou o gesto da universidade em organizar o evento tendo defendido que o desporto ajuda a vencer alguns estereótipos sobre a participação feminina nas modalidades desportivas. “Queremos justificar e defender as cores das mulheres e do país, continuar a trabalhar e a representar a nossa bandeira”, vincou a atleta que militou recentemente nas terras brasileiras. (X)

GCI-UPM

A gigantesca tecnológica Huawei realizou nesta quinta-feira, em Maputo a Cerimónia anual do Ecossistema de Talentos Digitais, no evento foram premiadas instituições do ensino superior e privadas no âmbito de projectos ligados a TIC (tecnologia de informação e comunicação) no período 2024-2025, dentre eles: Huawei ICT Training; Novas academias de TIC da Huawei; Melhores academias; Melhores instrutores e; ICT Compettion-. 

O acto contou com a participação do Secretário do Estado da Ciência e Ensino Superior, Edson Macuácua; Director Geral da Huawei Tecnologies Mozambique, Zhang Junming; Conselheira Económica e Comercial da Embaixada da República Popular da China, Xu Weili; Reitor da Universidade Pedagógica de Maputo (UP-Maputo), Professor Jorge Ferrão; Reitores das universidades Save, Joaquim Chissano; Unirovuma; UNITIVA; funcionários e estudantes das universidades envolvidos nos projectos.

Na mesma ocasião, foi apresentado o programa educacional LEAP, que visa o desenvolvimento de competências digitais, assim como o calendário do programa de 2025, com destaque nos projectos “Seeds for the futura” (sementes do futuro); Huawei ICT Academy; Feira do emprego e; Formação ao funcionário publico em matérias de TIC. Na ocasião, Junming disse que a África continua a enfrentar o desfio da transformação digital e, para Moçambique no que diz respeito ao desenvolvimento do país a transformação digital constitui uma das prioridades, sendo os estudantes os principais actores deste processo de transformação digital, neste contexto, a Conselheira Weili referiu que a China e Moçambique aprofundam a cooperação na economia digital, concentrando-se nos aspectos sobre o apoio as academias, nos serviços digitais e inovação tecnológica, portanto, empresas como Huawei fortalecem tal parceria.

O timoneiro da pasta da Ciência e Ensino Superior frisou que através da academia Huawei é possível notar um crescimento de talentos moçambicanos na área das TIC, e a melhoria de competências, contribuindo assim no desenvolvimento do capital humano e na qualidade de ensino.  Em representação dos Reitores das universidades filiadas a academia da Huawei, Ferrão comentou sobre o programa, referindo que aos longos dos 20 anos da Huawei em Moçambique a parceria com as instituições de ensino superior é digna de uma menção honrosa, porque tem ajudado a implantar cursos de apoio académico.

A UP-Maputo foi distinguida como uma das melhores academias Huawei 2024, e dois funcionários na categoria dos melhores instrutores: Xavier Bila e Faizal Licumba. Bem como três estudantes na competição de TIC: Nério João Jamisse, Xavier Jamal Ilacinho e Coronel Thomas Mykhallas. Os estudantes conduziram a fase preliminar e nacional individualmente e seguiram para o exame regional (África) como uma equipa, classificando-se na 3ª categoria de prêmio na região da África Austral.

Em Moçambique na competição de TIC 2024-2025, a Huawei registou 215 estudantes de mais de 10 Universidades e Instituições do país, Academias e não Academias da Huawei, contudo, a maior parte dos participantes compreendiam estudantes da Universidade Eduardo Mondlane e Universidade Pedagógica.

Por: Taualia Neuara e Daniel Bila (fotos)

GCI/UP-MAPUTO

A universidade Pedagógica de Maputo (UP-Maputo) acolheu na manhã desta sexta-feira (9), no centro de línguas, o encontro de divulgação de bolsas de estudo e de pesquisa, disponibilizadas pelo Governo Japonês através do Ministério da Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia (MEXT). Para 2025-2026 estão disponíveis bolsas de Estudo de Pesquisa (Mestrado e Doutoramento); Bolsas para Licenciatura; Bolsas de Escola Técnica (KOSEN) para Estudantes Pré-Universitário/Universitários; Bolsas de Escola de Treinamento Especializado (SENSYU) para Estudantes Pré- Universitário/ Universitários, a inscrição está aberta até 30 de Maio de 2025.

O Director da Faculdade de Comunicação e Artes, Professor Paulino Fumo falando no momento disse que a divulgação destas bolsas disponibilizadas será importante tanto para os estudantes como também para os funcionários da UP-Maputo.

Por seu turno o reitor da UP-Maputo, Professor Jorge Ferrão, caracterizou a sessão como sendo muito especial, uma vez que abrem-se oportunidades de formação nos quatro níveis e áreas distintas, assim esta abertura é uma janela de esperança para todos, referindo ainda que a cooperação com o Japão tem longa data, e nela existem muitos e bons exemplos de técnicos que foram formados no Japão que dão uma colaboração profícua e vantajosa para o país.

Por sua vez o Conselheiro e Adjunto Chefe de Missão da Embaixada do Japão em Moçambique, Taira IWASAKI disse que o programa de bolsas do MEXT representa um símbolo de cooperação internacional, deste modo acredita que esta oportunidade abre portas para que estudantes moçambicanos qualificados possam realizar seus sonhos através deste programa num país conhecido pela sua inovação, disciplina e cultura académica, outrossim, o programa irá capacitar os estudantes a ampliar suas capacidades e apoiar no desenvolvimento de Moçambique.

O encontro foi marcado igualmente por uma conversa com Délio Zandamela, funcionário da Embaixada do Japão, que falou em torno das bolsas disponibilizadas, explicando sobre o processo de candidatura, os critérios de selecção e as fases do processo, mencionou que no ano passado não foi possível levar um número maior de estudantes moçambicanos para estudar no Japão porque obtiveram resultados baixos.

Na ocasião, antigo estudante de mestrado (bolseiro) em Japão, Acácio Mangeira deixou ficar sua experiência em viver e estudar nesse país, afirmando que assumiu o desafio para “sair da zona de conforto e ter uma experiência diferente”, acrescentando ainda que estudar no Japão vai além da aquisição do diploma, mas também é uma exposição multicultural.

Os estudantes do ensino medio e superior que participavam no encontro mostraram-se bastante interessados em candidatar-se as bolsas, por isso, levantaram questionamentos sobre a equivalência dos certificados, os resultados aceitáveis, plano de pesquisa, as áreas de estudo, dentre outros aspectos arrolados.

A bolsa de estudo e pesquisa inclui passagem de ida e volta, isenção de taxas escolares, curso de língua japonesa no primeiro ano do programa e bolsa mensal para outras despesas. De referir que não se divulgou o número de bolsas disponíveis, pois depende do bom desempenho dos candidatos.

Por: Taualia Momade e Daniel Bila (fotos)

*GCI/UP-Maputo