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UPMaputo na Rota da Preservação dos Oceanos

UPMaputo na Rota da Preservação dos Oceanos

A Faculdade de Ciências Naturais e Matemática, da Universidade Pedagógica de Maputo (UPM) acolheu na última quarta-feira, 29 de Outubro, a inauguração do novo mural institucional em parceria com a Embaixada da França, no culminar do seminário de restituição sobre os resultados da 3ª conferência das Nações Unidos sobre o oceano, principais avanços e desafios, sob o lema “O Mar Nosso, um espaço comum a preservar”.


O evento contou com a presença do Reitor da UPM, Prof. Doutor Jorge Ferrão, estudantes, representantes da Embaixada da França, do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, Secretaria de Estado do Mar e pescas, empresas franco-moçambicanas do sector marítimo, ambientalistas, sociedade civil, associações ambientais, MUVA, parceiros, bem como investigadores franceses ligados à cooperação marítima.


A sessão de abertura foi marcada por um momento cultural que além de entreter os presentes, também apelava ao aproveitamento sustentável da natureza.


Durante o acto inaugural, o reitor da UPM Prof. Doutor Jorge Ferrão, reiterou a necessidade de se renovar o propósito de protecção ao meio ambiente e preservação da memória humanista, pois além de tratar-se apenas de uma economia azul, o mar faz parte da sobrevivência do ser humano.


“Este evento é um pretexto para renovar o propósito comum, simultaneamente nacional, regional e global em torno da nossa riqueza que é o oceano índico, tornando-o mais próximo das nossas sensibilidades. Mais que um espaço comum a preservar Mar Nosso tem que ser o nosso amigo”, destacou Ferrão.


Por sua vez, o Embaixador da França, Yann Pradeau disse que o projecto Mar Nosso está virado para a economia azul não só de Moçambique, mas também de todo o mundo, com vista a consciencializar e sensibilizar os jovens a contribuir no desenvolvimento da cooperação e protecção dos ecossistemas marinhos.


“O oceano não é apenas um quadro geográfico, é um bem comum e vital para a regulação do clima de modo a garantir a subsistência das comunidades costeiras, impulsionando o desenvolvimento económico sustentável dos países, enfatizou Pradeau, acrescentando ainda que, durante a 3ª conferência das Nações Unidas foi reafirmado o compromisso com a biodiversidade através de políticas e estratégias de contenção dos danos causados pela poluição”, terminou.


Para Luize Guimarães, Directora Executiva da MUVA a economia azul que para as comunidades costeiras garante o sustento e vida, constitui um desafio para todos, entretanto, é necessário que as mulheres também sejam emponderadas e capacitadas nesta área.


Além disso, foi realizada uma mesa redonda constituída pela embaixada da Franca, Directora Nacional de Assuntos do Mar no Ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas, Felismina Antia, Director da Facultade de Ciências Marinhas da UEM-Quelimane, Professor Avelino Langa, Activista ambientalista da Geração Solução, Chanila Saíde e Irene Boane, Directora do Gabinete de Relações Internacionais do Conselho Municipal da Cidade de Maputo.


Durante o debate, abordaram-se temas como uso de inteligência artificial na busca de soluções inovadoras, investimento em pesquisa científica, ordenamento territorial e marítimo, assim como a promoção de debates deste teor nas instituições de ensino superior como uma das estratégias de chamada de atenção à consciência azul.


Dentre os resultados da 3ª Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano (UNOC3), realizada em Nice (Junho de 2025) destacam-se o objectivo de alargar as áreas marinhas protegidas, promoção de soluções baseadas na natureza para a resiliência costeira, o reforço de parcerias internacionais para financiar a economia azul e criação de uma economia inclusiva, com atenção para os jovens, as mulheres e comunidades costeiras.


Por: Sunésia da Érica Chaúque e Daniel Bila (fotos)


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